Boa tarde leitores!
Durante nossa vida, buscamos sempre
caminhar em direção a algo que nos torne seres humanos melhores, mais completos
e mais felizes.
Porém, nesta busca incessante pela
felicidade, trilhamos diversos caminhos, muitas vezes cercados de desertos,
incertezas, medos, ansiedade, aflição, até que encontramos um oásis, onde matamos
parte da nossa sede de ser feliz, sentimo-nos realizados socialmente,
profissionalmente, etc.
Por algum tempo, este oásis nos
deixa confortável com nós mesmos, satisfeitos com as conquistas, mas estes
sentimentos, a medida que vamos sendo atropelados pelo tempo, pelas
tecnologias, pela voracidade do mercado de trabalho e a competição na busca de
uma vida melhor do que a que já se tem, lá vamos nós para uma nova jornada
enfrentando tempestades de areia e todas as adversidades de um deserto, para
buscar algo mais além, pois o que se tinha, já não nos torna mais seres humanos
totalmente felizes.
Para muitos, a percepção da
necessidade de modificações para acompanhar o ritmo das transformações sociais,
econômicas e afetivas, gera pensamentos angustiantes, previsões de erros,
acertos, um mar aterrorizantes de 'e se...?'. O medo permeia os pensamentos, as
crenças e as pessoas acabam parando por ali mesmo onde estão. Onde parece
seguro e certo de que já foi feliz ali onde está e pode continuar sendo, mesmo
que com lacunas.
Para outros, este movimento de
mudança em busca de algo torna-se desafiador, instigante, o sujeito encara de
maneira motivadora o trajeto que mesmo podendo ser difícil, lhe trará sensações
de prazer e felicidade no futuro. São pessoas capazes de entender que as
dificuldades são pequenas, se comparadas ao resultado que temporariamente nos deixará
satisfeitos, até que o ciclo se reinicie.
O que poucos percebem, é que a
felicidade está no caminho trilhado, independente do que está sendo buscado.
Está em cada interpretação do que as dificuldades que tivemos que enfrentar,
significam para o nosso crescimento. Está nos vínculos que criamos durante a
trajetória e o que cada um pode contribuir na troca de experiências. E também
nos vínculos que desfizemos, por entender que um não tinha mais nada a
contribuir com o outro.
Não confunda coragem de ir em
frente, com imprudência. E nem receio e medo, com fraqueza e sentimentos de ser
incapaz de obter algo que deseja. Procure organizar seus pensamentos. Seja
cauteloso, mas não covarde. Trilhe seu caminho, entendendo suas limitações e as
limitações do outro. Entenda que ninguém é feliz o tempo todo, e você não é
obrigado a ser feliz diariamente. Por mais difícil que pareçam os caminhos no
deserto, sempre haverão momentos em que você irá se deparar com um oásis e
refletir sobre o que passou para chegar até ali. Use isto a seu favor e
desfrute saudavelmente da sua felicidade.
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