quarta-feira, 19 de outubro de 2016

O que está por trás da onda dos palhaços assustadores?

Nem todas as pessoas atribuem aos palhaços, a imagem alegre, divertida e engraçada existente nos teatros, picadeiros e festas infantis. Para muitos, a imagem foi distorcida através das telas de cinema em filmes de terror, ou de exposição precoce, logo no início da vida, a uma figura desconhecida, portadora de máscaras ou maquiagem para esconder sua identidade, desencadeando verdadeiro pânico destes personagens.

            Nos últimos dias, alguns americanos passaram a vestirem-se de palhaços para assustar as pessoas através de perseguições. Inicialmente, por pura diversão, aproveitando o clima Hallowen, muito presente na cultura dos EUA. Entretanto, a brincadeira tornou-se mais séria, trazendo muito trabalho para a polícia local. Já foram registrados assaltos, violência física e ameaças de morte.

            Os palhaços geralmente aparecem nas ruas a noite ou em parques mal iluminados com o intuito de assustar a população e aparecem de modo repentino. Cidadãos americanos tem relatado que o mais assustador, tem sido as maquiagens/máscaras utilizadas, bem como nos filmes de terror, com traços macabros presentes no rosto, além de "sangue" nas roupas e geralmente um taco de basebol ou facão nas mãos.

            O fato é que a moda chegou ao Brasil.

        Como se já não bastassem todas as problemáticas existentes em nosso país, algumas pessoas aderiram a fantasia de palhaço assassino, pelo simples fato de querer causar pânico em outras pessoas, desrespeitando os limites do outro, suas angústias, seus traumas, sua rotina.

            As reações que uma pessoa pode ter diante do susto causado pela imagem do palhaço podem ser inúmeras, começando por acentuados sintomas de medo, fazendo com que as percepções sejam alteradas, o ritmo cardíaco acelere, a pessoa comece a correr (ou fique paralisada), mãos suando, tremores, dores abdominais, desmaios... E também o modo reverso, de atacar o seu medo. Como? Reproduzindo agressões. Atropelando o sujeito fantasiado, tirando da sua mão o objeto assustador e agredindo-o, até mesmo situações de matá-lo para sua proteção. Há casos de pessoas já saindo armadas das suas casas!

            As abordagens podem ser múltiplas, bem como as reações da vítima. O que os palhaços da moda não se deram conta ainda, é do prejuízo que está sendo causado em crianças e adolescentes, que poderão sofrer sérios danos em função do desenvolvimento desta fobia, precisando ser tratados por psicólogos e até mesmo psiquiatras.


            Este artigo tem o intuito de, pelo menos de alguma forma, conscientizar as pessoas dos riscos e prejuízos que uma simples brincadeira pode trazer para a sociedade. E a nossa sociedade carece de sujeitos respeitosos, idôneos, empáticos. Precisamos de um país melhor na saúde, na educação, nas relações humanas, não de violência e piadas de mau gosto. Mais amor e respeito. Tudo em nome da RECIPROCIDADE!


quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Parceiro cria arte para personalizar o BLOG

Olá!
Olha que bacana a Arte que o parceiro Rafael Azambuja criou para enfeitar as postagens do Psicologia nas Nuvens!
Valeu, Rafa! Abração!

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Mas afinal, o que é e para que serve um psicólogo?

Olá, tudo bem?
       Estive fazendo algumas reflexões sobre os textos que já escrevi e me dei conta de que nunca publiquei nada que tornasse mais claro o entendimento a respeito da psicologia e o papel do psicólogo, então resolvi escrever o artigo de hoje.
      A psicologia estuda o comportamento humano e seus processos mentais, ou seja, fatores como personalidade, sistema nervoso, inteligência, aprendizagem, percepções, emoções, relacionamentos, desenvolvimento humano, entre outros.
    Trata-se de uma ciência que possibilita o entendimento de infinitas descobertas sobre o comportamento dos homens. Os profissionais da área da psicologia (nós, os psicólogos), buscam entender e tratar conflitos e/ou distúrbios psicológicos, visando a saúde mental para que os sujeitos possam viver com melhor qualidade de vida.
        A resolução dos problemas psicológicos possibilitam um melhor relacionamento com a sociedade, trabalho, família, e claro, pensamentos e sentimentos individuais.
      É comum que alguns clientes cheguem reticentes ao consultório, arredios, desconfiados, só porque alguém disse que procurar um psicólogo era o que eles deveriam fazer, ou porque já não aguentam mais seu sofrimento, mesmo acreditando que estarão perdendo tempo e dinheiro com algo que não resolverá nada, no seu ponto de vista.
      Nós psicólogos, existimos para ajudar as pessoas a encontrarem caminhos para a solução dos seus problemas, que por alguma razão, sozinhas elas não conseguem enxergar.
   Para que haja sucesso no acompanhamento psicológico, é necessário que o profissional seja qualificado a altura das necessidades do seu cliente, ou busque aprimoramento contínuo, bem como o cliente deve sentir-se confortável em confidenciar seu sofrimento ao psicólogo.
      Quanto ao custo despedido com este profissional, acredito com veemência que deve ser um paradigma a se romper, quando se enxerga como sendo um 'gasto'. Pelo contrário, trata-se de um investimento em si mesmo, na sua saúde mental, visto que se você sofre por um problema emocional, de qualquer natureza, toda sua vida fica comprometida.
    Devido a riqueza de possibilidades de atuação nesta área, o psicólogo poderá atuar em diferentes contextos, além da psicologia clínica, como: psicologia escolar, hospitalar, comunitária, organizacional, forense, psicologia do esporte, etc.
       Seja qual for a área em que nós psicólogos estivermos atuando, o que rege nossa motivação será sempre a certeza de que podemos ajudar as pessoas a viverem com qualidade de vida, onde quer que estejam.


quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Sustentabilidade e relacionamentos em Gestão de Pessoas

Vivemos em um mundo capitalista, onde os objetivos empresariais, econômicos e sociais, baseiam-se em primeira instância, no aspecto 'Ter', 'Possuir', 'Crescer', 'estar à frente'.
            Desde nossa infância, já somos condicionados a uma visão consumista, seja através de observações dos diálogos entre os adultos que nos rodeiam, seja pela mídia, seja pelos colegas ou professores. Esta condição move nossos desejos e vontades, por consequência, nossas ações e relacionamentos em geral. Tudo está relacionado, visto que mesmo inconscientemente, acabaremos fazendo parte deste ciclo, pois nós humanos temos a necessidade de pertencer a grupos, para poder viver de forma saudável.
            Então, passamos a cobiçar objetos, relacionamentos, posições, entre outros. A medida que o tempo vai passando, vamos vivenciando momentos de sucessos e insucessos nos nossos planejamentos. O segundo, poderá causar frustração, pois está diretamente relacionado as nossas expectativas e anseios. Neste momento, cabe a cada pessoa o acionamento de suas competências intrapessoais, como resiliência, por exemplo.
            Porém, se o sujeito ao passar por dificuldades, não conseguir elaborá-las para dar seguimento aos seus projetos de vida, poderá causar grandes transtornos tanto para si, quanto para os que o rodeiam, visto que a ótica na qual passará a enxergar as situações, estará propensa a sentimentos negativos, como desejos de crescer a qualquer custo, comportamentos antissociais envolvendo rompimento de princípios éticos e morais, ou até mesmo, isolamento social.
            Diariamente, em um ritmo frenético, a tecnologia vem avançando, e com ela, nossa 'necessidade' de vivermos em constante atualização, afinal, fica difícil aceitar que o vizinho tenha comprado o Audi do ano, e nós estejamos ainda com um Fiat 2013.
       Objetos de uso pessoal como computadores, notebooks, celulares, entre outros, possuem vida útil de pouco mais de dois anos, em média. Para cada um deles existe um 'lixo' adequado. Infelizmente, ainda são poucas as pessoas com acesso a esta informação, e os que já tem conhecimento, muitas vezes não fazem o descarte adequado. Sabemos que para que possamos conviver em um mundo menos poluído, menos consumista e mais consciência ecologicamente sustentável, devemos começar pela reciclagem individual. A partir da mudança de hábitos individuais, passaremos a dar exemplos aos que nos rodeiam, e assim, formaremos uma grande corrente, que começará em casa, irá para escolas, universidades e empresas.
            Portanto, não se pode deixar de pensar em relacionamentos, quando falamos em sustentabilidade na gestão de pessoas. A sustentabilidade, em linhas gerais, se trata de usar conscientemente e de modo respeitador, as coisas que nos rodeiam, para que as próximas gerações também possam usá-las.
            Para que haja sustentabilidade, onde quer que estejamos, faz-se necessária a adoção desta cultura, em todos os relacionamentos, pois somente assim poderemos crer que temos grandes chances de expandir em um mundo, social, econômica e politicamente mais digno e próspero para as demais gerações.



quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Escolha Profissional

Olá! Tudo bem com vocês?

       O período das provas decisivas para nosso futuro profissional vem chegando, e com ele, algumas dúvidas...

     Escolher uma profissão na fase da adolescência, pode parecer uma missão quase impossível. Optar por uma carreira significa entrar naquilo que imaginamos ser o mundo adulto, no qual teremos acesso a uma série de coisas interessantes, mas também a várias novas responsabilidades. Por isso é tão difícil!

        A questão da escolha profissional representa um desafio que envolve diversos fatores, entre eles: expectativas da família; o custo da formação e o local dos estudos; o tipo de formação desejado; as oportunidades do mercado e as características das profissões, como, por exemplo, o tipo de atividade e o local onde é realizada.

      Neste período difícil para os jovens, é necessário que haja muita compreensão das suas aptidões, perfis, dedicação na busca por informações, bate-papo com profissionais da área que lhes despertam interesses, até mesmo aconselhamentos e orientações com profissionais qualificados para trabalhar essas e outras dúvidas que surgem ao final do Ensino Médio.

       Antes de mais nada, é preciso desenvolver o autoconhecimento, saber do que se gosta, o que gostaríamos de ser, quais são as expectativas para daqui a 1, 5 e 10 anos. Observa-se que enquanto jovens, acreditamos ter muito tempo pela frente, para tomar algumas decisões, e costuma-se deixar para pensar sobre isso tardiamente, gerando ansiedade, cobrança de terceiros e até mesmo sofrimento.

       Algumas escolas desenvolvem projetos como: feira das profissões; excursões para conhecer instituições de ensino; workshops com profissionais de diversas áreas; pacotes com equipe de psicólogos que realizam orientação profissional através de dinâmicas, entrevistas e aplicação de testes vocacionais.

        Orienta-se que os familiares, escolas e alunos, trabalhem esta questão como equipe. Buscando auxiliar o estudante nesta tomada de decisão, que determinará seu futuro, seja ele construído a partir de ensino superior, técnico, educação à distância, estágio, entre outros.






sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Perguntas e respostas sobre o Grupo Harmonia

Nome do Grupo: Grupo de Convivência Harmonia
Idade do grupo: 16 anos
Número de participantes e de onde elas são: Em torno de 10 mulheres, com idade acima de 40 anos. Todas residem em Cachoeira do Sul
Como e quais os tipos de ações sociais que o grupo promove: O grupo realiza atividades como campanhas de agasalho, lanche solidário em creches, entre outros eventos em parceria com a comunidade cachoeirense.
Quantas pessoas já foram ajudadas: É difícil mensurar, tendo em vista os anos de grupo e as ações desenvolvidas, mas não há dúvidas de que o grupo contribui para o bem estar bio psicossocial de todas as frequentadoras, bem como a sociedade em geral, através das ações já realizadas.
Quem pode participar como voluntário e como proceder: Todas as mulheres da comunidade cachoeirense e região, que tenham idade acima de 40 anos.
Informações importantes: O Grupo de Convivência Harmonia é um grupo gratuito, fundado pela psicóloga Cecília Chaves, com encontros semanais, sendo realizados nas segundas-feiras, das 15h às 17h, no auditório da Clas Psicologia. É coordenado atualmente, pela psicóloga Sanny Azambuja. Nos encontros, temos momentos de reflexões, trocas de vivências, dinâmicas, apresentação e debates sobre filmes e resgate dos valores e auto estima das mulheres.





quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Uma dor chamada Rejeição

 Ultimamente tenho feito algumas reflexões sobre o impacto da rejeição dos pais por seus filhos, quando os mesmos já se encontram na fase adulta.
 A rejeição é bastante poderosa. Deixamos de fazer muitas coisas pelo simples medo de sermos rejeitados até por pessoas que não tem nenhuma ligação emocional conosco.
 Imagine profissionais da área de vendas, que precisam oferecer seus produtos da maneira mais atrativa possível para atrair clientes e obter sucesso no seu trabalho. É comum que muitos possam ouvir clientes reclamarem, ou não darem importância, e até mesmo serem grosseiros. Torna-se imprescindível que os profissionais sejam mestres na superação da rejeição.
 Racionalmente, não seria nada de mais oferecer um serviço ou produto a alguém. O pior que pode ocorrer é se ouvir um não. Mas emocionalmente isto não é tão simples.
 A rejeição costuma deixar marcas na autoestima. Ainda mais quando a pessoa é rejeitada na infância pelos pais. Nesse caso, as marcas podem ser bastante profundas e influenciar o comportamento pelo resto da vida caso a pessoa não perceba e nem trate o sentimento.
 Pode ocorrer rejeição de inúmeras formas: abandono dos pais, encaminhamento para adoção, filhos que se sentem preteridos e percebem outro irmão como sendo mais querido (mesmo que isto seja apenas uma crença distorcida, e não um fato), filhos que são criticados demais, não elogiados e comparados negativamente com outras crianças, altamente controlados e carentes.
 Na vida adulta, a rejeição pode ocorrer de outras maneiras: casamentos desfeitos, namoros rompidos, perda de emprego ou cargo, humilhações e/ou tratamentos diferenciados no trabalho, amizades desfeitas, entre outros.
 Mas por que é que dói tanto ser rejeitado? O que acontece quando alguém é rejeitado ou se sente rejeitado por alguma atitude de uma terceira pessoa é o surgimento de um sentimento de menos valia. Os questionamentos perturbadores, fazem com que a pessoa rejeitada, no fundo, acabe sentindo que tem algo de errado em si mesma.
 Esse sentimento de que parece que tem algo de errado com ela na maioria das vezes não é bem percebido. Essa é a causa maior da dor: achar que a rejeição ocorreu por que há um “defeito” na pessoa e isso que a levou a ser descartada, desprezada, abandonada, rejeitada. 
 A pessoa busca a explicação, não encontra, e, inconscientemente, é levada a sentir que tem algo de errado nela que levou a outra pessoa a rejeitá-la. No final das contas, fica implícita a conclusão: “tem algo de errado comigo, não sou bom o suficiente”.
 Imagine carregar esse sentimento desde a infância pela rejeição dos pais. Se sentir culpado por não ser uma pessoa boa o suficiente, por não corresponder às expectativas dos pais.
 Isto desencadeia também uma necessidade constante de aprovação dos pais. O filho se esforça, tenta agradar, continua sem o reconhecimento, tenta novamente agradar, e vira um círculo vicioso. Vira uma busca eterna pela aprovação.
 Outras consequências da rejeição é a raiva e a mágoa. Como a atitude de rejeição faz a pessoa se sentir menos, e isso é bastante doloroso, é natural se defender ficando com raiva do outro e buscando alternativas de fuga, tentando amenizar sua dor através de entorpecentes (isto quando a rejeição não desencadeia um transtorno mental, podendo inclusive levar a pessoa ao suicídio).
 Dentro desta perspectiva, cabe destacar a importância do fortalecimento dos vínculos afetivos desde a infância, até a fase adulta. Em casos de sofrimento, desequilíbrio emocional, abandono, não devemos sentir vergonha de procurar ajuda de profissionais que possam auxiliar nosso processo de amadurecimento e reconstrução da nossa história, com bases mais sólidas para obtermos qualidade de vida e relacionamentos saudáveis.